O mundo dos negócios tem nos mostrado que as empresas estão cada vez mais sujeitas a ameaças que, sem aviso prévio, surgem do nada e causam imensos danos ou até mesmo as fazem sucumbir. Identificar e mapear as situações que possam comprometer a organização é um tema fundamental, que nenhuma empresa pode se abster de tratar. 

O gerenciamento de riscos tornou-se imprescindível para a segurança da tomada de negócios e a sua falta pode ser a linha divisória entre uma empresa que consegue se antecipar às ameaças e aproveitar as oportunidades e outra fadada ao insucesso. 

Para implementar e manter um programa eficaz de gestão de riscos, a empresa precisa atentar para alguns fatores. 

Primeiramente, gerenciar riscos é uma questão de cultura organizacional. É preciso que seja uma prática adotada por todos na empresa. E isso só acontecerá se houver um compromisso assumido pela alta direção e uma comunicação clara para todos os níveis hierárquicos sobre os seus benefícios para o negócio. 

Para gerenciar os riscos é preciso primeiro conhece-los. Portanto, deve-se começar pelo mapeamento de todos os riscos a que a empresa está exposta. Isso permitirá que a organização esteja sempre um passo à frente e, ao invés de “apagar incêndios”, poder se antecipar e evita-los. 

Uma vez mapeados os riscos, deve-se fazer uma análise qualitativa dos mesmos, através da combinação entre a probabilidade de ocorrência de cada risco relacionado e o impacto que sua ocorrência pode causar. 

Essa combinação forma uma matriz de riscos, que permite à empresa priorizá-los e, assim, definir o planejamento das ações preventivas e mitigadoras. 

A próxima etapa é colocar em prática essas ações, por meio dos controles internos e, por fim, monitorar esses riscos e a eficácia dos controles. Para tanto, é muito salutar que a empresa tenha uma auditoria interna. 

Risco é um tema com que nenhum administrador pode mais deixar de se preocupar. O mundo é incerto, e a incerteza traz oportunidades, mas também grandes ameaças. Controla-las proativamente e tomar medidas preventivas cada vez mais será determinante para qualquer empresa que pretenda sobreviver e prosperar. 

DICA DE LEITURA:

Antifrágil: Coisas que se beneficiam com o caos 

Nicholas Nassim Taleb 

Do mesmo autor de “A Lógica do Cisne Negro”, que trata do efeito do imprevisível, em Antifrágil, Nassim Taleb propõe um modelo de pensamento para reverter a crise em oportunidades, alcançar melhorias diante do que é inesperado. 

O conceito de antifragilidade é uma proposta para se lidar com os riscos e incertezas presentes em todas as dimensões de nossas vidas, inclusive nos negócios. Para o autor, a incerteza pode ser encarada com naturalidade e sob a ótica de uma oportunidade de aperfeiçoamento. 

A prevenção de riscos e a antecipação de crises pode levar as lideranças a empreenderem nas organizações uma postura estritamente defensiva. Taleb propõe que a idéia do risco não tenha um efeito limitador ou paralisante, mas seja um elemento que possibilite à empresa planejar o seu crescimento diante desses eventos aleatórios. 

Mensagens importantes do livro: (i) não deixe de agir diante da possibilidade dos riscos. Eles trazem oportunidades de crescimento e de aprendizado; (ii) crie uma equipe antifrágil, dando e recebendo feedbacks de forma honesta; (iii) busque o conhecimento sobre riscos e aprenda com crises passadas; (iv) não adie os desafios, encare-os e leve-os consigo para seus futuros projetos. 

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.”  

(William Shakespeare) 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para lhe oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar neste site, você concorda com o uso de cookies.